10 de abr. de 2011

CAMINANDO POR LAS CALLES - Crônica

Caminhava pelas ruas de Madrid. Assim, meio sem rumo, só para me distrair.
Entonces, encontro uma velha conhecida. Ela vem em minha direção e me dá um sorriso.
- Nossa, há quanto tempo!
- É verdade.
- O que você faz em Madrid?
- Estou passeando. E você?
- Lo mismo.

Ela me abraça e diz no meio da rua:


- Você parece que não envelhece... Bla, bla, bla... (vocês sabem como são esses papos).
Então ela diz:
- Você não imagina a coincidência! Ontem sonhei com você.
- Então foi um pesadelo, respondo.
Ela:
- Não foi. Sonhei que você estava na minha cama.
Eu:
- O que?
Ela:
- Não! Não! Fique tranqüilo! Não foi nada erótico. Éramos apenas bons amigos.
Eu:
- Sei!
Ela:
- Então sua mulher entra no quarto com uma bandeja de café.
Eu:
- O que? E o que ela disse? O que você falou?
- Não sei. Nessa hora eu acordei, ela respondeu.
Essa história não rendeu um divórcio, pois nessa hora eu também acordei.

Foi só um sonho minha gente.


Walter Tamiozzo
Madrid, 2011

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